Esse mês tem como objetivo informar a população sobre os sintomas da doença, os impactos na qualidade de vida das pacientes e formas de prevenção e tratamento!
Muitas vezes, o diagnóstico conclusivo da endometriose leva anos para ser definido, já que os seus sintomas podem ser confundidos com outras condições. A doença pode ser assintomática e impactar várias regiões do organismo.

Entre as formas de prevenção e manejo da endometriose estão a prática regular de exercícios físicos, a alimentação saudável, o controle do estresse e a realização de exames ginecológicos de rotina.
Além disso, é importante que as mulheres conheçam o seu próprio corpo e estejam atentas a qualquer alteração em seu ciclo menstrual.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que 8 milhões de mulheres enfrentam endometriose no Brasil.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça que a condição é frequentemente uma causa de infertilidade, afetando até 30 a 50% das mulheres com endometriose. Veja mais informações sobre a endometriose clicando aqui!
A endometriose é uma doença comum e benigna, que ocorre quando o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo. Além disso, também pode afetar os ovários, prejudicando a ovulação e, em alguns casos, sendo uma possível causa de trabalho de parto prematuro.
Os sintomas mais comuns da endometriose incluem cólicas menstruais incapacitantes (aquelas que não melhoram com analgésicos via oral e que interferem nas atividades diárias usuais), dor durante a relação sexual (dispareunia), dificuldade de engravidar, dores ao urinar e/ou ao evacuar.
Desde 2008, a endometriose passou a ser vista como uma doença crônica, que exige conduta terapêutica a longo prazo.

O tratamento leve é realizado com contraceptivos hormonais e tem apresentado resultados muito satisfatórios principalmente no controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.
Na endometriose profunda, o tratamento medicamentoso pode levar a melhora dos sintomas e diminuição das lesões, porém em situações em que a doença causa comprometimento anatômico e funcional, a cirurgia é a melhor indicação para remover os focos da doença, diminuindo a dor, proporcionando melhora na qualidade de vida e nos índices de fertilidade.
O diagnóstico é feito levando em consideração uma combinação de fatores: as queixas clínicas da paciente, a dor identificada no exame físico, e as descobertas suspeitas reveladas por meio de ressonância pélvica ou ultrassom transvaginal para mapeamento de endometriose.
Atualmente o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética de pelve são os exames utilizados na detecção da doença. Nos casos de endometriose profunda com comprometimento intestinal e urinário podem ser necessários também exames como colonoscopia e a urografia.
Atualmente, o procedimento minimamente invasivo, a videolaparoscopia, é uma opção mais moderna e segura para o tratamento cirúrgico da endometriose.
As cirurgias se tornam mais precisas, rápidas e menos invasivas, facilitando a recuperação das pacientes.
Se você suspeita que pode ter endometriose, procure orientação médica para o manejo adequado da doença, garantindo um tratamento personalizado que leve em consideração a gravidade dos sintomas, e os seus objetivos de saúde e reprodutivos!
Dr. Fernando Faria – Médico Ginecologista
CRM/SP: 119019 | RQE: 89909 | TEGO: 0187/2007